Quem não se lembra do primeiro dia na escola? Da primeira professora, primeiras anotações, desenhos, o velho abecedário, das estrelinhas de parabéns no caderno?
Ao ingressar em uma instituição de ensino, independente de primário, fundamental ou superior inicia-se uma etapa na vida. É a janela que aparece em uma parede opaca. Uma mente que se abre para um mundo novo, onde construímos nossa relação com o outro.
Como afirmava o teórico Emile Durkheim a escola como “fato social” (externo ao indivíduo) tem papel fundamental na socialização de cada um. É nela que desenvolvemos aptidões, conhecemos novos amigos e construímos identidade perante um grupo social exercendo assim a cidadania.
Para muitos é um ambiente opressor onde prevalece uma relação vertical entre professor e aluno. O mestre é um personagem distante que está ali apenas para lecionar: apenas passar um conteúdo, um ato com um fim em si mesmo. A educação não é vista como uma ferramenta de estimular os alunos a “lerem” a realidade à sua volta.
Democrática ou não devemos ressaltar a importância da escola na formação das pessoas, já que a educação é o passo para o conhecimento, a consciência dos direitos e deveres como cidadão, enfim, como nos tornamos uma figura ativa na sociedade.
Como dizia Paulo Freire não basta saber apenas que Eva viu a uva. É necessário entender a posição que ela ocupa na sociedade, em que contexto está inserida e quem lucra com esse trabalho.
Muitas vezes uma cegueira histórica nos impede de compreendermos as raízes das problemáticas sociais: analfabetismo,falta de estrutura e merenda em escolas públicas, baixo salário de professores, greves...
Esses são os fragmentos de uma temática bem maior, que tem origem na formação sócio-política de um país. A falta de uma educação de qualidade é indicio de desigualdade social, o que separa os ditos ricos e pobres. Nas linhas da educação, as entrelinhas dos problemas e desigualdades sociais e distribuição de renda.
Segundo uma pesquisa do PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento) o Brasil tem regredido na tarefa de garantir que todas as crianças completem o ensino fundamental uma das metas dos “Objetivos do Milênio” que representam uma série de ações sócio-econômicas que os países da ONU se “comprometeram” a alcançar até 2015.
Dados do Ministério da Educação revelam que 53,8% dos alunos que em 2005 ingressaram no ensino fundamental concluirão a oitava série. Em 1997 a taxa era de 65,8% de concluintes.
É claro que, não se pode resumir todo um contexto por meio de pesquisas estatísticas e não se pode tirar qualquer conclusão precipitada, pessimista. Mas por que não nos preocupar com o quadro da educação no Brasil? Em que medida pode ser melhorada?
Às vezes parece batido e inócuo discutir o tema. Uma vertente tão próxima a nós, mas, ao mesmo tempo tão distante por desconsiderarmos sua importância. Em seu sentido mais amplo pode se referir à criação que se recebe em casa pelos progenitores ou responsáveis, pode assumir um caráter adjetivo quando nos referimos a indivíduos que tratam bem as outras pessoas.
Diante das ramificações conceituais que envolvem a educação pergunto a você, leitor, que importância daria a escola, ou que lembranças essa palavra desperta em sua parte (in)consciente.
Muitas respostas podem ter aflorado na sua cabeça. E são essas inquietações, reflexões que precisam ser despertadas na mente de cada um.
Não se deve pensar a educação em um sentido demagógico, como lemas e promessas políticas por aí. Deve-se levar a discussão para um ramo pedagógico, inclusivo, reflexivo, que desperte a consciência de ter direitos e deveres. Surge então uma proposta, uma busca incessante: procuram-se cidadãos.
Cidadãos no sentido mais amplo do termo, que se preocupam com os problemas sociais e como a educação pode ser uma maneira de inclusão. Que tem o discernimento do papel dos políticos em fazer e executar projetos sociais e de cobrar por isso.
E que não nos fechemos em mundos particulares, inócuos e mesquinhos. Afinal ferramentas jamais funcionam sozinhas e não existem por si próprias. E que se abram as janelas do mundo.
Ao ingressar em uma instituição de ensino, independente de primário, fundamental ou superior inicia-se uma etapa na vida. É a janela que aparece em uma parede opaca. Uma mente que se abre para um mundo novo, onde construímos nossa relação com o outro.
Como afirmava o teórico Emile Durkheim a escola como “fato social” (externo ao indivíduo) tem papel fundamental na socialização de cada um. É nela que desenvolvemos aptidões, conhecemos novos amigos e construímos identidade perante um grupo social exercendo assim a cidadania.
Para muitos é um ambiente opressor onde prevalece uma relação vertical entre professor e aluno. O mestre é um personagem distante que está ali apenas para lecionar: apenas passar um conteúdo, um ato com um fim em si mesmo. A educação não é vista como uma ferramenta de estimular os alunos a “lerem” a realidade à sua volta.
Democrática ou não devemos ressaltar a importância da escola na formação das pessoas, já que a educação é o passo para o conhecimento, a consciência dos direitos e deveres como cidadão, enfim, como nos tornamos uma figura ativa na sociedade.
Como dizia Paulo Freire não basta saber apenas que Eva viu a uva. É necessário entender a posição que ela ocupa na sociedade, em que contexto está inserida e quem lucra com esse trabalho.
Muitas vezes uma cegueira histórica nos impede de compreendermos as raízes das problemáticas sociais: analfabetismo,falta de estrutura e merenda em escolas públicas, baixo salário de professores, greves...
Esses são os fragmentos de uma temática bem maior, que tem origem na formação sócio-política de um país. A falta de uma educação de qualidade é indicio de desigualdade social, o que separa os ditos ricos e pobres. Nas linhas da educação, as entrelinhas dos problemas e desigualdades sociais e distribuição de renda.
Segundo uma pesquisa do PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento) o Brasil tem regredido na tarefa de garantir que todas as crianças completem o ensino fundamental uma das metas dos “Objetivos do Milênio” que representam uma série de ações sócio-econômicas que os países da ONU se “comprometeram” a alcançar até 2015.
Dados do Ministério da Educação revelam que 53,8% dos alunos que em 2005 ingressaram no ensino fundamental concluirão a oitava série. Em 1997 a taxa era de 65,8% de concluintes.
É claro que, não se pode resumir todo um contexto por meio de pesquisas estatísticas e não se pode tirar qualquer conclusão precipitada, pessimista. Mas por que não nos preocupar com o quadro da educação no Brasil? Em que medida pode ser melhorada?
Às vezes parece batido e inócuo discutir o tema. Uma vertente tão próxima a nós, mas, ao mesmo tempo tão distante por desconsiderarmos sua importância. Em seu sentido mais amplo pode se referir à criação que se recebe em casa pelos progenitores ou responsáveis, pode assumir um caráter adjetivo quando nos referimos a indivíduos que tratam bem as outras pessoas.
Diante das ramificações conceituais que envolvem a educação pergunto a você, leitor, que importância daria a escola, ou que lembranças essa palavra desperta em sua parte (in)consciente.
Muitas respostas podem ter aflorado na sua cabeça. E são essas inquietações, reflexões que precisam ser despertadas na mente de cada um.
Não se deve pensar a educação em um sentido demagógico, como lemas e promessas políticas por aí. Deve-se levar a discussão para um ramo pedagógico, inclusivo, reflexivo, que desperte a consciência de ter direitos e deveres. Surge então uma proposta, uma busca incessante: procuram-se cidadãos.
Cidadãos no sentido mais amplo do termo, que se preocupam com os problemas sociais e como a educação pode ser uma maneira de inclusão. Que tem o discernimento do papel dos políticos em fazer e executar projetos sociais e de cobrar por isso.
E que não nos fechemos em mundos particulares, inócuos e mesquinhos. Afinal ferramentas jamais funcionam sozinhas e não existem por si próprias. E que se abram as janelas do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário