(Viagem a Dourados, cidade no interior do Mato Grosso do Sul durante o Intercom Centro-Oeste 2008)
É engraçado o modo como se começa e termina um congresso. Ainda mais quando se reúnem estudantes de faculdades distintas (Alfa, UFG, UNB E JK). A goianada (simbólica e geográfica) tinha a certeza apenas do destino da viagem: Dourados, local onde realizaria o Intercom Centro-oeste.
Em um primeiro contato distância total, pois todos ali eram diferentes uns dos outros. Eram histórias de vida que iriam se misturar diante das surpresas que ainda viriam na viagem.
Naquele momento éramos pessoas estranhas e cada um carregava o nome da instituição de ensino como “identidade”. Não tínhamos a noção que aquele distanciamento se transformaria, mais tarde, em um “happy ending”.
Mas não pensemos no fim antes do começo, então malas no bagageiro e pé na estrada. De repente uma “boa” notícia aos desinformadinhos: a ponte do rio que cai, literalmente caiu. Conseqüência? Três horas a mais de percurso. Mas, sem problemas, talvez seja pra isso que existem os ditos desodorantes 24 horas(ou não?).
“Alfa, alfa”, gritavam os colegas da Facomb como um convite para uma comunicação mais recíproca. Acenos eram retribuídos, risos, mas nada além disso. Havia ainda um certo estranhamento, um choque cultural, institucional, ou seja, lá o que impedia uma comunicação mais calorosa entre os estudantes de comunicação.
Horas passadas, banhos tomados e já estávamos na abertura oficial do congresso. A bandinha tocava a abertura da novela das sete, mas ninguém queria saber da cerimônia. “Simbora prum bar”[e não vou nem falar o resto da frase].
Antes de estudantes éramos turistas e tínhamos a informação que havia um barzinho inflamado na cidade. Um tal de Catatau. E lá estávamos andando pelas ruas jurando que conhecíamos cada rua ali. As quadras só aumentavam e o Catatau parecia realmente apenas um nome de personagem fictício.
Mas não perdemos a fé, uma hora a gente chega. E depois de várias paradas para pedir(e checar informações) sobre o rumo a ser seguido chegamos ao local.
Chega o momento dramático: não era possível que aquele boteco seria o tão famoso bar. Um local minúsculo, sem música e sem comida. Pra forrar o estômago apenas skinny e batatas da onda. Mas como as pessoas fazem o lugar, deixamos de lado qualquer tipo de preconceito e decidimos permanecer por ali.
A dona do bar, muito simpática, nos recomendou que ligássemos para uma pizzaria. Vaquinha pra cerveja e pra pizza. Uma opção muito em conta para os esfomiados. Muito barata por sinal: R$ 3,50 pra cada um. Teoricamente, dois pedaços para cada boca (e creu na pizza!).
E retomando a idéia de que as pessoas transformam o lugar por onde passam um milagre ocorreu. De repente, não sabíamos da onde, apareciam estudantes dos mais diversos locais do Centro-Oeste. Abrimos uma roda e começava a apresentação.
Nome, instituição de ensino, orientação sexual e estado civil eram os requisitos para se identificar entre os estudantes. Depois ligaram o som e o caldeirão “bombou”. A “biboca de esquina” se transformou na boca do leão, afinal cada um já tinha saído do seu respectivo quadrado.
A polícia rondou o local, os estudantes se dispersaram, mas ainda continuávamos ali. Teve até trenzinho com “tchu-tchu-á” e um “tchu-tchu” no meio da rua. Irreverência e animação dos nada convencionais estudantes de comunicação. E nada de rótulos. Hehehehe!
Talvez o momento mais interessante estaria por chegar, com a festa para os congressistas, oportunidade para anunciar os contemplados em seus respectivos trabalhos.
Nos anúncios dos vencedores, ótimas surpresas. Só Goiás no Intercom: aplausos mais que merecidos a todos ali que se esforçaram para concretizar trabalhos. A bandeira de Goiás se destacava no meio dos estudantes empolgados e o palco era só nosso. Afinal a festa era nossa! E dá-lhe tchu tchu.
No outro dia, cansados da farra, minutinhos a mais de sono. E cada um para um rumo novamente, uns passeando na cidade, visitando tribos indígenas, e outros no relax paraguaienses.
E como tudo tem um fim chegou à hora da partida. Malas de volta no bagageiro e pé na estrada novamente. Mas, dessa vez com algumas diferenças. Éramos de certa forma, conhecidos uns dos outros. Mais do que meros rótulos da instituição de ensino.
Os estudantes agora brincavam de mãozinha(sem preconceitos), emitiam onomatopéias irreverentes e uma turma se arriscava com uma tal i-m-p-u-g-n-a-ç-ã-o. E creu aos impugnados( e cansaço para o restante da turma que dormia em seus quadrados).
É ainda mais engraçado, a forma como se termina uma viagem. Um desfecho com um c de c-o-n-t-i-n-u-a-ç-ã-o, pois um próximo destino não tão distante nos aguarda. De estranhos a companheiros de estrada: nas fotos a memória de dias dourados e noites com lembranças...
Em um primeiro contato distância total, pois todos ali eram diferentes uns dos outros. Eram histórias de vida que iriam se misturar diante das surpresas que ainda viriam na viagem.
Naquele momento éramos pessoas estranhas e cada um carregava o nome da instituição de ensino como “identidade”. Não tínhamos a noção que aquele distanciamento se transformaria, mais tarde, em um “happy ending”.
Mas não pensemos no fim antes do começo, então malas no bagageiro e pé na estrada. De repente uma “boa” notícia aos desinformadinhos: a ponte do rio que cai, literalmente caiu. Conseqüência? Três horas a mais de percurso. Mas, sem problemas, talvez seja pra isso que existem os ditos desodorantes 24 horas(ou não?).
“Alfa, alfa”, gritavam os colegas da Facomb como um convite para uma comunicação mais recíproca. Acenos eram retribuídos, risos, mas nada além disso. Havia ainda um certo estranhamento, um choque cultural, institucional, ou seja, lá o que impedia uma comunicação mais calorosa entre os estudantes de comunicação.
Horas passadas, banhos tomados e já estávamos na abertura oficial do congresso. A bandinha tocava a abertura da novela das sete, mas ninguém queria saber da cerimônia. “Simbora prum bar”[e não vou nem falar o resto da frase].
Antes de estudantes éramos turistas e tínhamos a informação que havia um barzinho inflamado na cidade. Um tal de Catatau. E lá estávamos andando pelas ruas jurando que conhecíamos cada rua ali. As quadras só aumentavam e o Catatau parecia realmente apenas um nome de personagem fictício.
Mas não perdemos a fé, uma hora a gente chega. E depois de várias paradas para pedir(e checar informações) sobre o rumo a ser seguido chegamos ao local.
Chega o momento dramático: não era possível que aquele boteco seria o tão famoso bar. Um local minúsculo, sem música e sem comida. Pra forrar o estômago apenas skinny e batatas da onda. Mas como as pessoas fazem o lugar, deixamos de lado qualquer tipo de preconceito e decidimos permanecer por ali.
A dona do bar, muito simpática, nos recomendou que ligássemos para uma pizzaria. Vaquinha pra cerveja e pra pizza. Uma opção muito em conta para os esfomiados. Muito barata por sinal: R$ 3,50 pra cada um. Teoricamente, dois pedaços para cada boca (e creu na pizza!).
E retomando a idéia de que as pessoas transformam o lugar por onde passam um milagre ocorreu. De repente, não sabíamos da onde, apareciam estudantes dos mais diversos locais do Centro-Oeste. Abrimos uma roda e começava a apresentação.
Nome, instituição de ensino, orientação sexual e estado civil eram os requisitos para se identificar entre os estudantes. Depois ligaram o som e o caldeirão “bombou”. A “biboca de esquina” se transformou na boca do leão, afinal cada um já tinha saído do seu respectivo quadrado.
A polícia rondou o local, os estudantes se dispersaram, mas ainda continuávamos ali. Teve até trenzinho com “tchu-tchu-á” e um “tchu-tchu” no meio da rua. Irreverência e animação dos nada convencionais estudantes de comunicação. E nada de rótulos. Hehehehe!
Talvez o momento mais interessante estaria por chegar, com a festa para os congressistas, oportunidade para anunciar os contemplados em seus respectivos trabalhos.
Nos anúncios dos vencedores, ótimas surpresas. Só Goiás no Intercom: aplausos mais que merecidos a todos ali que se esforçaram para concretizar trabalhos. A bandeira de Goiás se destacava no meio dos estudantes empolgados e o palco era só nosso. Afinal a festa era nossa! E dá-lhe tchu tchu.
No outro dia, cansados da farra, minutinhos a mais de sono. E cada um para um rumo novamente, uns passeando na cidade, visitando tribos indígenas, e outros no relax paraguaienses.
E como tudo tem um fim chegou à hora da partida. Malas de volta no bagageiro e pé na estrada novamente. Mas, dessa vez com algumas diferenças. Éramos de certa forma, conhecidos uns dos outros. Mais do que meros rótulos da instituição de ensino.
Os estudantes agora brincavam de mãozinha(sem preconceitos), emitiam onomatopéias irreverentes e uma turma se arriscava com uma tal i-m-p-u-g-n-a-ç-ã-o. E creu aos impugnados( e cansaço para o restante da turma que dormia em seus quadrados).
É ainda mais engraçado, a forma como se termina uma viagem. Um desfecho com um c de c-o-n-t-i-n-u-a-ç-ã-o, pois um próximo destino não tão distante nos aguarda. De estranhos a companheiros de estrada: nas fotos a memória de dias dourados e noites com lembranças...
Um comentário:
Relembrando cada minuto daquela viagem, cheguei a conclusão de que a dona do buteco, sabendo que turistas estariam em Dourados em poucos dias, ela distribuiu seus capangas pela cidade com a intenção de informar que o buteco dela era o melhor de Dourados.
Logo, os goianos turistas, mais apressados foram para o badalado "butiquim". Com certeza, os estudantes de outros Estados também foram informados sobre o tal local, pelos capaangas pagos.
A tia lá é muiiito esperta.Com certeza, a pizzaria oferecida deve ser de algum familiar. Putz! Isso que chamo de empreendedorismo!!!!
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