sexta-feira, 17 de julho de 2009

Diálogos em série

Dorinha, recém-formada em Jornalismo está tranquilíssima em seu quarto quando recebe uma chamada telefônica.
-Alô?!- atende a garota efusivamente.
- Diz aí minha Che Guevara com curvas.
Dorinha já conhecia aquela voz aguda do outro lado da linha. Era Rita, a fiel e tagarela amiga de infância.
- Xi nem vem com Che que estou mais pra Dom Quixote no momento (responde Dora automaticamente).
- Aham. Então você resolveu largar as notícias de jornal para ler romances de cavalaria e sair pelo mundo?! Cuidado viu meu bem, estamos no século XXI te recomendo um carro, uma poupança recheada e um singelo aviso: crime organizado não é moinho de vento!!!
- O que faz uma bacharel em matemática elaborar trocadilhos literários em plena luz do dia???
- Ahh, nada liguei só pra dar um oi mesmo.
- Então tá. A gente se fala mais tarde no MSN então.
- Mas pra que? A gente não mora no mesmo prédio?!
- Pior... Mas por que você não vem aqui então?!
- Preguiça de descer aí.
- Pra descer ou subir, qualquer elevador ajuda (responde Dorinha rindo). Como você mesma falou... estamos no século XXI.
- É, mas o elevador tá estragado!
- Ah, tá fazer o que né?!
- É, fazer o que. Ia recomendar você vir pela escada, mas estão limpando o chão e seu Rocinante pode escorregar.
- Antes um Rocinante do que uma La Poderosa velha e estragada.
Acabam os créditos de Rita e Dorinha fica com preguiça de retornar a ligação. Olha pra tela do computador e vê uma janelinha piscando.
Moral da história: Não precisa estar perto para estar longe e vice-versa.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Chapeuzinho na impensa goiana

Esses dias recebi um email bastante engraçado com o título "Chapeuzinho Vremelho na imprensa". Trata-se de uma paródia à linha editorial dos jornais e programas televisivos brasileiros. Inspiradas nas idéias do autor [ ou autora] do email acrescento as chamadas abaixo:
CHAPEUZINHO VERMELHO NA IMPRENSA GOIANA
O Popular: Na compra do jornal mais 9,90 adquira um DVD com cenas do resgate heróico de Chapeuzinho pelo lenhador ao som de Celine Dion
Jornal Daqui: Juntando 20 selos do jornal leve o machadão do lenhador para sua cozinha
That´s all, folks!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os "jogos" do futebol

Várias coisas acontecem ao mesmo tempo em uma partida de futebol. São 90 minutos, sem contar os acréscimos de muito suor, emoção, som de cornetas, charangas, bandeiras, tumultos e tudo mais.
Há vários jogos dentro de um só: o que acontece em tempo real, o fato em si, a transmissão do evento pela televisão (que também não deixa de ser um jogo), além do jogo psicológico, o mais interessante de todos.
Aquele que só o torcedor, movido pela paixão incondicional ao seu time enxerga. Pois bem, meus caros, exergar é bem diferente de ver. Pelo menos, se consideramos a intenção do verbo.
Quando um torcedor grita "juíz ladrão" ao reclamar um penâlti que ele jura que não aconteceu, ou quando solta um "elogio" para o bandeirinha que marcou um impedimento no momento em que o atacante selaria a partida com um golaço, podemos ter indícios de que existe esse tal de jogo psicológico. Este se manifesta de forma dual pelas torcidas, pelo próprio juíz ou bandeirinha de acordo com sua visão e ainda entra a leitura dos comentaristas do jogo que, a partir do VT legitimam ou não o ato do juíz, ou do infeliz do jogador que recebeu um cartão vermelho.
Futebol é algo complexo, minha gente.
Porém, além de todos esses ângulos não podemos deixar de expor e denunciar o jogo da safadagem[pra não falar outra coisa]. Corrupção também existe no futebol. E o torcedor fanático quando reclama por uma causa justa, logo já é encaixado como espectador do jogo psicológico, tido mais pelo ID do que uma dose de bom senso. Onde mora a verdade?!
Essa, meus caros, vai depender de qual jogo estamos falando.
p.s: escrita por alguém que observa mais a torcida do que o jogo de futebol em si quando vai ao estádio.